Tratar sobre o aborto é importantíssimo na sociedade atual, por isso, estamos aqui falando do assunto sem preconceitos para discutirmos os possíveis motivos que levam mulheres a praticar esse ato, seja ele uma consequência psicológica, financeira, social, familiar, profissional etc. Escolhemos este tema, porque para nós psicólogos é importante saber sobre o assunto e entender o ponto de vista de uma grávida.
O que é o aborto?
O aborto é a interrupção da gravidez, seja ele espontâneo ou induzido. No primeiro caso, é o término acidental de uma gravidez com menos de vinte semanas, isto pode ocorrer por problemas apresentados pelo próprio feto, ou, ainda, por problemas de saúde com a gestante. Há muitas mulheres que descobrem que são portadoras de determinadas doenças somente na gravidez, pois, nesta fase, muitas doenças se manifestam pondo em risco a continuidade da gestação.
No caso do aborto induzido, este ocorre por opção ao encerramento da gravidez. Este procedimento oferece risco cada vez maior a medida em que o tempo de gravidez vai aumentando. Infelizmente, muitas mulheres morrem por complicações em abortos realizados em clínicas clandestinas e também por utilizarem meios alternativos que comprometem sua saúde.
Ele pode ser:
- Terapêutico:
- aborto provocado para salvar a vida da gestante;
- para preservar a saúde física ou mental da mulher;
- para dar fim à gestação que resultaria numa criança com problemas congênitos que seriam fatais ou associados com enfermidades graves.
- Eletivo: aborto provocado por qualquer outra motivação.
Como é feito o abortamento
Para a execução do aborto provocado existem outros vários métodos que podem ser empregados. Um deles é o famoso Cytotec, mas também há os chás de ervas; injeções intramusculares; introdução de sondas; clínicas de aborto; exercícios e pressão violenta no abdômen; tablete de permanganato de potássio entre outros.
No início da gravidez, o aborto geralmente é realizado através de dilatação e curetagem, ou utilizando aparatos de sucção. A partir do quarto mês, a curetagem não pode mais ser realizada, optando-se então pela indução do parto utilizando gel de prostaglandina.
Um aborto no princípio da gravidez, conduzido apropriadamente, é seguro e classificado como uma operação de pequeno porte, podendo ser realizado em uma clínica ou com uma hospitalização bastante breve. Um aborto realizado por pessoa não habilitada ou sem condições estéreis adequadas, expõe a paciente a infecção, hemorragia, infertilidade futura ou mesmo morte.
Legislação do Aborto
A legislação sobre o aborto, dependendo do ordenamento jurídico vigente, considera o aborto uma conduta penalizada ou despenalizada, atendendo a circunstâncias específicas. As situações possíveis vão desde o aborto considerado como um crime contra a vida humana, ao apoio estatal à interrupção voluntária da gravidez a pedido da grávida sob determinadas circunstâncias.
No Brasil
O aborto no Brasil é tipificado como crime contra a vida pelo Código Penal Brasileiro, o referido código prescreve penalidades de 1 a 4 anos quando realizado em outra pessoa sem a autorização desta; e de 1 a 3 anos quando o aborto é feito pela própria mulher ou outra pessoa, com o seu consentimento. O artigo 128 do Código Penal dispõe que não se pune o crime de aborto nas seguintes hipóteses:
- quando não há outro meio para salvar a vida da mãe;
- quando a gravidez resulta de estupro.
Atualmente o aborto é legal em muitos países. No Brasil, mesmo sendo ilegal, todos os anos muitas mulheres interrompem a gravidez. Em países onde o aborto é ilegal, como ocorre no Brasil, é frequente o internamento de mulheres com hemorragias e infecções sérias provocadas por abortos que são realizados em condições muito precárias. A nossa legislação punitiva não foi e não é capaz de conter a elevação do número de abortos realizados no país. Sem condições legais para interromper a gravidez, as mulheres o fazem em clínicas especializadas, com abortivos ou uso de drogas.
No Mundo
- Totalmente permitido em qualquer circunstância
· Canadá
- Permitido até as 12 semanas de gestação
· Cuba
· Alemanha
· Áustria
· Bélgica
· Bulgária
· Dinamarca
· Grécia
- Totalmente ilegal, incluindo aborto terapêutico
· Chile
· Nicarágua
Perfil da mulher que aborta no Brasil
As estimativas do Ministério da Saúde apontam a ocorrência entre 729 mil e 1,25 milhão de abortos ao ano no país. Destes, no mínimo 250 morrem e 1/3 procuram assistência hospitalar devido aos transtornos gerados no organismo, seja por introdução de objetos na vagina para matar o feto, uso inapropriado de medicação abortiva ou expulsão incompleta. Entre 18 e 39 anos, de cada 100 mulheres 15% já fez aborto e entre 35 e 39 anos de cada 5 uma já o fez. A região que apresenta o maior número de abortos é a Nordeste e a menor a Sul. Entre 18 e 19 anos, 1 em 20 mulheres já realizou o aborto.
- Geralmente utilizam misoprostol (Cytotec) - de 50% a 80%.
- Tem entre 20 e 29 anos.
- São predominantemente da religião católica, seguidas de protestantes e evangélicas.
- Estudam em média de 8 anos.
- União estável (70%).
- Possuem um filho em média.
- Tem entre 20 e 29 anos.
- São predominantemente da religião católica, seguidas de protestantes e evangélicas.
- Estudam em média de 8 anos.
- União estável (70%).
- Possuem um filho em média.
Razões que levam ao abortamento
Razões de saúde, quando a vida da gestante corre algum tipo de risco, mal formação do feto; doença hereditária ou transmissível ao feto; e estupro - nesses casos o aborto é legal por lei.
Mas também há os caso em que não está previsto nas leis, como:
- A idade da mãe
Os jovens iniciam cada vez mais cedo a sua vida sexual. Como a curiosidade e a pressão social precede a maturidade, nem sempre se tomam as devidas precauções e muitas jovens adolescentes engravidam. Uma vez que uma gravidez precoce pode perturbar toda a vida futura de uma jovem, muitas optam por abortar, muitas vezes sem o conhecimento dos pais.
- Razões econômicas
Em muitos casos, uma gravidez não planejada torna-se indesejável pela consciência de que dificilmente a família poderá suportar os encargos que uma nova criança trará. A perturbação que uma gravidez destas trará à vida familiar, nomeadamente no plano econômico-financeiro, é razão suficiente para a mulher decidir abortar.
- Razões profissionais
Estar há pouco tempo num emprego ou a perspectiva de promoção de curto a médio prazo podem tornar uma gravidez não planejada num grande inconveniente. Para algumas mulheres, esta é razão suficiente para abortar. - Outras razões
As outras razões prendem-se, com a gravidez, planejada ou não, acontecer numa altura de mudança imprevisível, tal como o fim de uma relação.
Consequências Físicas e Psicológicas do aborto
A gravidade das complicações mórbidas advindas do abortamento tende a aumentar com a duração da gravidez. Por exemplo, um aborto no segundo trimestre da gestação é mais perigoso que um no primeiro trimestre. Embora também possam ocorrer nos casos de aborto espontâneo, as complicações são mais graves e mais freqüentes quando o aborto é provocado. O aborto provocado executado em clínicas clandestinas é feito em geral sem acompanhamentos e cuidados médicos adequados, o que igualmente poderá ocasionar inúmeras complicações, entre elas destacam-se: infecção, embolia, perfuração ou dilaceração do útero, complicações com a anestesia, convulsões, hemorragia aguda, danos cervicais, e choque endotóxico.
Além das possíveis consequências físicas, um aborto costuma provocar crises de arrependimento e culpa, e reações psiconeuróticas ou mesmo psicóticas graves.
Há também:
- Sentimentos de remorso e culpa;
- Oscilações de ânimo;
- Choro imotivado, medos e pesadelos;
- Queda na auto-estima pessoal pela destruição do
próprio filho;
- Frigidez (perda do desejo sexual);
- Culpabilidade ou frustração de seu instinto materno;
- Desordens nervosas, insônia, neuroses diversas;
- Doenças psicossomáticas;
- Depressões;
A maioria das mulheres pratica o aborto em uma situação desesperadora de medo ou insegurança. Por mais liberta que a mulher esteja dos padrões morais e religiosos, por mais consciente da impossibilidade de levar a termo sua gestação, por mais indesejada que tenha sido a gravidez, abortar é uma decisão que, na grande maioria das vezes, envolve angústia. Porém não são todas as mulheres que sofrem com essas consequências psicológicas, a maior parte das mulheres que optava por abortar, apresenta uma maior intensidade de emoções positivas. O alívio e bem-estar, aparecem como os sentimentos predominantes após o aborto.
Consequências sociais
Muito se discute sobre a legalidade e a moralidade da interrupção voluntária da gravidez. Existem movimentos contra e a favor da legalização do aborto, dois principais deles são:
- O Movimento Pró-Vida
- Que se declaram em defesa da dignidade humana;
- Não aceitam o aborto induzido.
Eles têm como argumento:
- Base teóricas científicas, filosóficas e religiosas;
- Eles dizem que a vida começa na fecundação.
- O Movimento Pró- Escolha
- Se declaram em defesa da dignidade da maternidade e da mulher;
- Defendem o direito da interrupção voluntária da gravidez;
- Defendem que a vida da mulher será melhor sem uma criança.
Religião
- Cristianismo
- Sempre afirmou a ilicitude moral de todo aborto provocado;
- Atualmente, segundo o cânon 1398 do Código de Direito Canônico:
“(...)quem provoca aborto, seguindo-se o efeito, incorre em excomunhão”.
- Judaísmo
- Considera que feto ou embrião não é “pessoa” antes do nascimento;
Existem algumas correntes atuais do Judaísmo que:
- Aceitam apenas o aborto no caso de perigo de vida da mulher;
- Permitem o aborto por decisão da mulher.
- Budismo
-Fica dividido nesta questão;
- Vê como ato de tirar a vida de um ser vivo;
-Completamente proibido na religião;
Outros aceitam desde que não seja produto de:
-Inveja, Gula, Desilusão.
- Hinduísmo
- Classifica o aborto como ato abominável.
Por:
Caroline Maximiano
Caroline Silva
Emileine Salgado
Marcio Vinicius Moreira
Lenira Suzana
Caroline Maximiano
Caroline Silva
Emileine Salgado
Marcio Vinicius Moreira
Lenira Suzana
PENSAMOS POR NÓS MULHERES, AGORA VAMOS PARAR E PENSAR POR ELES (FILHOS)!
ResponderExcluirConscientização contra o aborto – Carta de um bebê...
“Oi mamãe, tudo bom? Eu estou bem, graças a Deus faz apenas alguns dias que você me concebeu em sua barriguinha. Na verdade, não posso explicar como estou feliz em saber que você será minha mamãe, outra coisa que me enche de orgulho é ver o amor com que fui concebido.
Tudo parece indicar que eu serei a criança mais feliz do mundo!!!!!
Mamãe, já passou um mês desde que fui concebido e já começo a ver como o
meu corpinho começa a se formar. Quer dizer… Não estou tão lindo como você, mas me dê uma oportunidade. Estou muito feliz!!!!!!
Mas tem algo que me deixa preocupado…
Ultimamente me dei conta de que há algo na sua cabeça que não me deixa dormir. Mas tudo bem. Isso vai passar, não se desespere.
Mamãe, já passaram dois meses e meio. Estou muito feliz com minhas novas mãos e tenho vontade de usá-las para brincar…
Mamãezinha me diga o que foi. Por que você chora tanto todas as noites?? Porque quando você e o papai se encontram gritam tanto um com o outro? Vocês não me querem mais ou o que? Vou fazer o possível para que me queiram…
Já passaram 3 meses mamãe. Te noto muito deprimida, não entendo o que está acontecendo. Estou muito confuso. Hoje de manhã fomos ao médico e ele marcou uma visita amanhã. Não entendo… Eu me sinto muito bem…. Por acaso você se sente mal mamãe?
Mamãe, já é dia, onde vamos? O que está acontecendo mamãe?? Porque choras?? Não chore, não vai acontecer nada…
Mamãe, não se deite, ainda são 2 horas da tarde, não tenho sono, quero continuar brincando com minhas mãozinhas.
Ei!!!!!! O que esse tubinho está fazendo na minha casinha?? É um brinquedo novo?? Olha!!!!!! Ei, porque estão sugando minha casa?? Mamãe!!!! Espere, essa é a minha mãozinha!!!! Moço, porque a arrancou?? Não vê que me machuca??
Mamãe, me defenda!!!!!! Mamãe, me ajude!!!!!!!! Não vê que ainda sou muito pequeno para me defender sozinho??
Mãe, a minha perninha, estão arrancando. Diga para eles pararem, juro a você que vou me comportar bem e que não vou mais te chutar. Como é possível que um ser humano possa fazer isso comigo? Ele vai ver só quando eu for grande e forte! >:(
Ai….. Mamãe, já não consigo mais…
Ai….. Mamãe, mamãe, me ajude………..
Mamãe, já se passaram 17 anos desde aquele dia e eu daqui de cima observo como ainda te machuca ter tomado aquela decisão.
Por favor, não chore! Lembre-se que te amo muito e que estarei aqui te esperando com muitos abraços e beijos.
Te amo muito
Seu bebê.”
SEJA LÁ QUAL FOR SUA DECISÃO NÃO SE ESQUEÇA QUE DENTRO DE VOCÊ EXISTE UMA VIDA, QUE NÃO PEDIU PARA ESTAR ALI!
Beijos
Deh
Clínica em Belo Horizonte, até 11 semanas de gestação, pelo método de sucção, no valor de 2800,00 reais.
ResponderExcluirlinharesluciana@hotmail.com