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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Emoção e Jogos eletrônicos


O que são jogos eletrônicos?

Mais conhecidos como games, videogames ou simplesmente jogos, é um videogame no qual o jogador interage com imagens enviadas a um dispositivo que as exibe geralmente uma televisão ou um monitor

Os jogos estão em toda parte

Computadores, qualquer celular hoje no mercado vem com um jogo eletrônico, na maioria das esquinas onde tem estabelecimentos que tem bares sempre tem um fliperama que é um jogo eletrônico em que se paga uma ficha para jogar, portáteis e etc.




Algumas estatísticas dos jogos eletrônicos nos Estados Unidos.




A pesquisa mostra que 65% dos lares norte-americanos possuem vídeo games.

2 de 5 jogadores são mulheres.

18 horas é o tempo médio usado por semana jogando videogames.

32 anos é a idade media dos jogadores.

Distribuição da idade dos jogadores:

Abaixo dos 18 anos: 25%

De 18 a 49 anos: 49%

Acima de 50: 26%

Mostrando que não é como a maioria das pessoas pensa que jogos é “coisa” de criança.

Jogos como opção de lazer.

Temos que nos livrar do preconceito contra os jogos eletrônicos e os ver como uma opção de lazer se for devidamente controlados e direcionados ao seu respectivo publico alvo dependendo do jogo.

Qual emoção se pode obter nos jogos eletrônicos.

Não é muito difícil imaginar (para uma pessoa que nunca jogou) que tipo de emoção uma pessoa sente ao jogar, pois são as mesmas emoções sentidas ao realizar atividades fora do mundo virtual dos jogos.

Em jogos eletrônicos é possível experimentar sentimentos como medo, alegria, tensão, disputa, cooperativismo entre outras emoções que geram um entrosamento muito grande do jogador.

Catarse e jogos.

Os jogos eletrônicos acabam se constituindo de espaços em que o individuo é capaz de exercitar e canalizar emoções diversas por esse tipo de atividade ter a capacidade de catarse.

Esse meio de acordo com a teoria da catarse é útil para liberar energias reprimidas.

Então essas diferentes emoções podem ser elaboradas sem transpor o limite da tela.

Foi feito uma entrevista para saber da opinião e que tipo de experiências os entrevistados tem ao realizar esse tipo de atividade.

Foram entrevistados 10 jogadores com uma media de idade de 18 anos, uma media de horas de jogo por semana de 13 horas, com profissões diversas desde estudantes ate consultores e analistas e atividades de lazer diversas como assistir filmes e estudar.

Foi perguntado o porquê gosta de jogar nas horas de lazer, algumas das respostas foram:

“ajuda a relaxar”

“Desestressa, me faz esquecer de alguns problemas, relaxa e tal... E jogar um multiplayer com amigos é o melhor tipo de diversão coletiva que eu tenho... comprar um doritos e jogar um SF, KOF, Naruto, DBZ, GH... ou até uns coop tipo RE5, Sengoku Basara e tal. Um dos meus melhores amigos eu só cheguei a conhecer porque eu jogava vg com o irmão dele, afinal eu não sou muito introvertido, e com jogos dá pra puxar um assunto e dar umas risadas “

“Pois gosto de fazer exercício mental (puzzles, desafios,estratégia), e exercício físico (jogo Pump It Up e DDR).. E por que cada jogo tem algo que nos cativa a querer jogá-lo”

“Porque é relaxante e algum estimulo para eu esquecer de alguns problemas”

A escrita e expressões foram mantidas para demonstrar uma linguagem própria que fica fácil uma comunicação entre pessoas com os mesmos gostos.

Podemos dizer que de acordo com esses relatos vemos os jogos como uma válvula de escape para problemas ou então uma ferramenta para o relaxamento e até pelo estimulo do desafio

Qual a emoção que se sente jogando?

“prazer”

“Tu te adentra na história, vive em um mundo que não existe.”

“Sozinho eu me sinto relaxado quando eu to compenetrado no jogo, calma e tal... mas eu as vezes fico MUITO estressado também, meio que o reverso do que deveria ser “

“Prazer, nada mais prazeroso do que sair da realidade.”

“Fico feliz , me sinto dentro do jogo , esqueço todos a minha volta , é quase uma fuga da realidade”

“Superação a cada nível conquistado, emoção a cada mestre derrotado”

Esses relatos mostram de fato o tipo de emoção sentida pelos entrevistados no momento em que jogam, é interessante notar o prazer que se sente ao fugir da realidade.

Qual a opinião em relação ao videogame ser uma opção de lazer?

“Acho tão normal quanto quem gosta de ler livros ou ver filmes. Um livro te faz imaginar o cenário (alguns fazem uma descrição melhor, outros menos), tudo vem da sua cabeça. Um filme te mostra tudo isso pronto, como "deveria" ser, e nem por isso é pior. Um jogo te coloca no papel do protagonista(ou não) e te dá a possibilidade de interferir na história, é algo além de filmes. Chrono Trigger, por exemplo, possui diversos "finais", onde o resultado depende unicamente das tuas ações. Outros jogos não tem essa característica, mas oferecem competitividade, algo que o ser humano adora :)”

“É uma coisa muito boa de fazer , claro que , não pode dispersar totalmente da vida real.”

“Acho uma opção muito boa, mas também não deve ser substituída completamente por atividades físicas e talz... é ótimo seja sozinho ou com a galera .”

“Simplesmente por ser uma opção de divertimento, não uma coisa que pode te afetar moralmente.”

Por maior ou menor intensidade de horas que são reservadas para o jogo, os jogadores entrevistados mostraram ter alguma noção de moderação enquanto se joga, fazendo com que o jogo não atrapalhe nos afazeres diários.

Interação social

Com base nessa pequena pesquisa conseguimos perceber que há uma interação social muito grande entre os jogadores, diferente do que a maioria pensa em que o jogador é uma pessoa solitária e que os jogos afastam o individuo do convívio social.

Existem eventos espalhados pelo mundo e que o Brasil é palco do maior evento de jogos da America latina em que esses jogadores se reúnem em larga escala para trocar experiências, se vestir como seus personagens preferidos e acima de tudo jogar com amigos que muito das vezes nunca se viram pessoalmente, mas que existe uma longa amizade virtual.


WIKIPEDIA, Videogame. on-line. Disponível em:http://pt.wikipedia.org/wiki/Videogame Acesso

em: out. 2010.

LYNN ROSALINA GAMA ALVES, Jogos eletrônicos e violência: o retorno. on-line. Disponível em:http://www.ufscar.br/rua/site/?p=2232 Acesso

em: out. 2010.

Adilson Rodrigues

Helena Nascimento

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Aborto e suas consequências

Tratar sobre o aborto é importantíssimo na sociedade atual, por isso, estamos aqui falando do assunto sem preconceitos para discutirmos os possíveis motivos que levam mulheres a praticar esse ato, seja ele uma consequência psicológica, financeira, social, familiar, profissional etc. Escolhemos este tema, porque para nós psicólogos é importante saber sobre o assunto e entender o ponto de vista de uma grávida.
O que é o aborto?
O aborto é a interrupção da gravidez, seja ele espontâneo ou induzido. No primeiro caso, é o término acidental de uma gravidez com menos de vinte semanas, isto pode ocorrer por problemas apresentados pelo próprio feto, ou, ainda, por problemas de saúde com a gestante. Há muitas mulheres que descobrem que são portadoras de determinadas doenças somente na gravidez, pois, nesta fase, muitas doenças se manifestam pondo em risco a continuidade da gestação.
No caso do aborto induzido, este ocorre por opção ao encerramento da gravidez. Este procedimento oferece risco cada vez maior a medida em que o tempo de gravidez vai aumentando. Infelizmente, muitas mulheres morrem por complicações em abortos realizados em clínicas clandestinas e também por utilizarem meios alternativos que comprometem sua saúde.
Ele pode ser:
- Terapêutico:
  • aborto provocado para salvar a vida da gestante;
  • para preservar a saúde física ou mental da mulher;
  • para dar fim à gestação que resultaria numa criança com problemas congênitos que seriam fatais ou associados com enfermidades graves.
- Eletivo: aborto provocado por qualquer outra motivação.
Como é feito o abortamento
Para a execução do aborto provocado existem outros vários métodos que podem ser empregados. Um deles é o famoso Cytotec, mas também há os chás de ervas; injeções intramusculares; introdução de sondas; clínicas de aborto; exercícios e pressão violenta no abdômen; tablete de permanganato de potássio entre outros.
No início da gravidez, o aborto geralmente é realizado através de dilatação e curetagem, ou utilizando aparatos de sucção. A partir do quarto mês, a curetagem não pode mais ser realizada, optando-se então pela indução do parto utilizando gel de prostaglandina.
Um aborto no princípio da gravidez, conduzido apropriadamente, é seguro e classificado como uma operação de pequeno porte, podendo ser realizado em uma clínica ou com uma hospitalização bastante breve. Um aborto realizado por pessoa não habilitada ou sem condições estéreis adequadas, expõe a paciente a infecção, hemorragia, infertilidade futura ou mesmo morte.
Legislação do Aborto
A legislação sobre o aborto, dependendo do ordenamento jurídico vigente, considera o aborto uma conduta penalizada ou despenalizada, atendendo a circunstâncias específicas. As situações possíveis vão desde o aborto considerado como um crime contra a vida humana, ao apoio estatal à interrupção voluntária da gravidez a pedido da grávida sob determinadas circunstâncias.
No Brasil
O aborto no Brasil é tipificado como crime contra a vida pelo Código Penal Brasileiro, o referido código prescreve penalidades de 1 a 4 anos quando realizado em outra pessoa sem a autorização desta; e de 1 a 3 anos quando o aborto é feito pela própria mulher ou outra pessoa, com o seu consentimento. O artigo 128 do Código Penal dispõe que não se pune o crime de aborto nas seguintes hipóteses:
- quando não há outro meio para salvar a vida da mãe;
- quando a gravidez resulta de estupro.
Atualmente o aborto é legal em muitos países. No Brasil, mesmo sendo ilegal, todos os anos muitas mulheres interrompem a gravidez. Em países onde o aborto é ilegal, como ocorre no Brasil, é frequente o internamento de mulheres com hemorragias e infecções sérias provocadas por abortos que são realizados em condições muito precárias. A nossa legislação punitiva não foi e não é capaz de conter a elevação do número de abortos realizados no país. Sem condições legais para interromper a gravidez, as mulheres o fazem em clínicas especializadas, com abortivos ou uso de drogas.
No Mundo
- Totalmente permitido em qualquer circunstância
· Canadá
- Permitido até as 12 semanas de gestação
· Cuba
· Alemanha
· Áustria
· Bélgica
· Bulgária
· Dinamarca
· Grécia
- Totalmente ilegal, incluindo aborto terapêutico
· Chile
· Nicarágua
Perfil da mulher que aborta no Brasil
As estimativas do Ministério da Saúde apontam a ocorrência entre 729 mil e 1,25 milhão de abortos ao ano no país. Destes, no mínimo 250 morrem e 1/3 procuram assistência hospitalar devido aos transtornos gerados no organismo, seja por introdução de objetos na vagina para matar o feto, uso inapropriado de medicação abortiva ou expulsão incompleta. Entre 18 e 39 anos, de cada 100 mulheres 15% já fez aborto e entre 35 e 39 anos de cada 5 uma já o fez. A região que apresenta o maior número de abortos é a Nordeste e a menor a Sul. Entre 18 e 19 anos, 1 em 20 mulheres já realizou o aborto.
- Geralmente utilizam misoprostol (Cytotec) - de 50% a 80%.
- Tem entre 20 e 29 anos.
- São predominantemente da religião católica, seguidas de protestantes e evangélicas.
- Estudam em média de 8 anos.
- União estável (70%).
- Possuem um filho em média.
Razões que levam ao abortamento
Razões de saúde, quando a vida da gestante corre algum tipo de risco, mal formação do feto; doença hereditária ou transmissível ao feto; e estupro - nesses casos o aborto é legal por lei.
Mas também há os caso em que não está previsto nas leis, como:
  • A idade da mãe
Os jovens iniciam cada vez mais cedo a sua vida sexual. Como a curiosidade e a pressão social precede a maturidade, nem sempre se tomam as devidas precauções e muitas jovens adolescentes engravidam. Uma vez que uma gravidez precoce pode perturbar toda a vida futura de uma jovem, muitas optam por abortar, muitas vezes sem o conhecimento dos pais.
  • Razões econômicas
Em muitos casos, uma gravidez não planejada torna-se indesejável pela consciência de que dificilmente a família poderá suportar os encargos que uma nova criança trará. A perturbação que uma gravidez destas trará à vida familiar, nomeadamente no plano econômico-financeiro, é razão suficiente para a mulher decidir abortar.
  • Razões profissionais
    Estar há pouco tempo num emprego ou a perspectiva de promoção de curto a médio prazo podem tornar uma gravidez não planejada num grande inconveniente. Para algumas mulheres, esta é razão suficiente para abortar.
  • Outras razões
As outras razões prendem-se, com a gravidez, planejada ou não, acontecer numa altura de mudança imprevisível, tal como o fim de uma relação.
Consequências Físicas e Psicológicas do aborto
A gravidade das complicações mórbidas advindas do abortamento tende a aumentar com a duração da gravidez. Por exemplo, um aborto no segundo trimestre da gestação é mais perigoso que um no primeiro trimestre. Embora também possam ocorrer nos casos de aborto espontâneo, as complicações são mais graves e mais freqüentes quando o aborto é provocado. O aborto provocado executado em clínicas clandestinas é feito em geral sem acompanhamentos e cuidados médicos adequados, o que igualmente poderá ocasionar inúmeras complicações, entre elas destacam-se: infecção, embolia, perfuração ou dilaceração do útero, complicações com a anestesia, convulsões, hemorragia aguda, danos cervicais, e choque endotóxico.
Além das possíveis consequências físicas, um aborto costuma provocar crises de arrependimento e culpa, e reações psiconeuróticas ou mesmo psicóticas graves.
Há também:
- Sentimentos de remorso e culpa;
- Oscilações de ânimo;
- Choro imotivado, medos e pesadelos;
- Queda na auto-estima pessoal pela destruição do
próprio filho;
- Frigidez (perda do desejo sexual);
- Culpabilidade ou frustração de seu instinto materno;
- Desordens nervosas, insônia, neuroses diversas;
- Doenças psicossomáticas;
- Depressões;
A maioria das mulheres pratica o aborto em uma situação desesperadora de medo ou insegurança. Por mais liberta que a mulher esteja dos padrões morais e religiosos, por mais consciente da impossibilidade de levar a termo sua gestação, por mais indesejada que tenha sido a gravidez, abortar é uma decisão que, na grande maioria das vezes, envolve angústia. Porém não são todas as mulheres que sofrem com essas consequências psicológicas, a maior parte das mulheres que optava por abortar, apresenta uma maior intensidade de emoções positivas. O alívio e bem-estar, aparecem como os sentimentos predominantes após o aborto.
Consequências sociais
Muito se discute sobre a legalidade e a moralidade da interrupção voluntária da gravidez. Existem movimentos contra e a favor da legalização do aborto, dois principais deles são:
  • O Movimento Pró-Vida
- Que se declaram em defesa da dignidade humana;
- Não aceitam o aborto induzido.
Eles têm como argumento:
- Base teóricas científicas, filosóficas e religiosas;
- Eles dizem que a vida começa na fecundação.
  • O Movimento Pró- Escolha
- Se declaram em defesa da dignidade da maternidade e da mulher;
- Defendem o direito da interrupção voluntária da gravidez;
- Defendem que a vida da mulher será melhor sem uma criança.
Religião
- Cristianismo
- Sempre afirmou a ilicitude moral de todo aborto provocado;
- Atualmente, segundo o cânon 1398 do Código de Direito Canônico:
“(...)quem provoca aborto, seguindo-se o efeito, incorre em excomunhão”.
- Judaísmo
- Considera que feto ou embrião não é “pessoa” antes do nascimento;
Existem algumas correntes atuais do Judaísmo que:
- Aceitam apenas o aborto no caso de perigo de vida da mulher;
- Permitem o aborto por decisão da mulher.
- Budismo
-Fica dividido nesta questão;
- Vê como ato de tirar a vida de um ser vivo;
-Completamente proibido na religião;
Outros aceitam desde que não seja produto de:
-Inveja, Gula, Desilusão.
- Hinduísmo
- Classifica o aborto como ato abominável.

Por:

Caroline Maximiano
Caroline Silva
Emileine Salgado
Marcio Vinicius Moreira
Lenira Suzana

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Transtornos alimentares


Transtornos Alimentares são desvios do comportamento alimentar que podem levar ao
emagrecimento extremo (caquexia) ou à obesidade, entre outros problemas físicos e
incapacidades.
Prevalecem sobretudo entre meninas adolescentes e jovens adultas, mas cerca de 5 a
10% dos casos ocorrem com rapazes. As vítimas sentem-se normalmente impotentes em
relação às suas vidas, sofrem de baixa auto-estima e têm uma imagem destorcida de seu
corpo. Usam a comida – seja a restrição da comida ao ponto de passarem fome, o ou
excesso de comida ao ponto de ficarem obesos –, como forma de ganhar controle sobre
alguns aspectos das suas vidas.

Anorexia:
A anorexia nervosa, também simplesmente conhecida como anorexia, é um transtorno
alimentar que provoca no indivíduo tanto medo de ganhar peso e/ou gordura corporal
que ele limita severamente a quantidade de comida que ingere. Por vezes, os anoréxicos
também fazem exercício em excesso, numa tentativa de queimar as calorias que
ingeriram, para não ganharem peso extra. Mesmo quando se desgastam fisicamente, e
os outros os acham doentiamente magros, os anoréxicos ainda acham que os seus corpos
são muito pesados e continuam a comer tão pouco quanto possível. Infelizmente, sem
nutrientes suficientes para os alimentar, os órgãos internos de um anoréxico podem
falhar, podendo daí resultar a morte.

Sinais de Anorexia:
Raramente um anoréxico reconhece o seu transtorno alimentar e procura ajuda, portanto
cabe muitas vezes a familiares e amigos que suspeitam de anorexia nervosa procurar
ajuda de profissionais. Muitos dos sinais que indicam anorexia incluem:
· Contagem obsessiva de calorias;
· Saltar refeições;
· Brincar com a comida no prato em vez de comer;
· Esconder comida (num guardanapo, debaixo de uma travessa, etc.) para evitar
comê-la;
· Mentir quanto a já ter comido, numa tentativa de evitar uma refeição;
· Ingerir apenas um determinado tipo de comida;
· Fazer exercício em excesso, particularmente depois de uma refeição;
· Perda dramática de peso;
· Excessivo interesse em questões relacionadas com peso, imagem corporal e
jejum;
· Vestir roupa larga para esconder o corpo;
· Baixos níveis de energia;
· Doenças frequentes;
· Sono excessivo;
· Reduzido ou inexistente apetite sexual.

O que ocorre no corpo de quem tem Anorexia:

Diagnóstico da Anorexia:
Um diagnóstico de anorexia só pode ser feito por um médico qualificado, habitualmente
um psiquiatra. Para diagnosticar anorexia têm de surgir quatro critérios de diagnóstico.
Os critérios padrão para o diagnóstico de anorexia incluem a recusa do indivíduo em
manter um peso corporal apropriado para a sua altura e idade (normalmente 15% abaixo
da média), um medo intenso de ficar “gordo” ou com excesso de peso, mesmo quando
magríssimo, uma falta de auto-confiança relacionada com uma auto-imagem distorcida
e a perda de períodos menstruais durante pelo menos três meses (obviamente não
incluído no diagnóstico masculino). Se a anorexia é diagnosticada de acordo com
critérios de doença mental, um anoréxico também precisará de um exame físico
completo para determinar a extensão da doença ou da injúria que foi causada por esta
transtorno alimentar.

Obter Ajuda e Tratamento:
Anoréxicos gravemente afetados ao nível do físico podem precisar serem internados e
voltar a ganhar força antes de efetivamente iniciarem o tratamento do seu transtorno
alimentar. Não há sistema ou cura reconhecida para a anorexia, mas os tratamentos
podem incluir uma mistura de aconselhamento/terapia, aconselhamento familiar/terapia,
terapia cognitivo-comportamental (para mudar o tipo de comida ingerida, bem como
comportamentos alimentares e/ou tipo de exercício físico desenvolvido), o recurso a
grupos de apoio ou terapia de grupo, e aconselhamento e planejamento nutricional.
Raramente se utiliza medicação no tratamento da anorexia, a não ser que seja receitada
para tratar condições associadas à depressão.

Bulimia:
A bulimia nervosa, habitualmente denominada de bulimia, é um transtorno alimentar
marcado por episódios de voracidade seguidos de purgas. Durante um episódio de
voracidade, um bulímico ingere uma grande quantidade de comida de uma só vez, mas
depois purga-a( induzindo vômitos ou tomando laxantes ou diuréticos). Para os
bulímicos, comer compulsivamente e purgar constitui um ciclo, mas eles podem não
ganhar ou perder peso suficiente para que se torne óbvio que padecem de um transtorno
alimentar. Danos no trato digestivo, boca, dentes e glândulas salivares são comuns entre
bulímicos e o ciclo “alimentação compulsiva – purga” constante significa que os
bulímicos raramente retêm vitaminas e minerais suficientes para se manterem
saudáveis. Estes fatores podem ter efeitos prejudiciais sérios e prolongados na saúde.

Sinais de Bulimia:
· Esconder a comida reservada para episódios de voracidade (incluindo
frequentemente pão, massa, doces, sobremesas, batatas fritas e gelados. No
entanto, qualquer tipo de comida pode ser consumida durante a ingestão
compulsiva);
· Mentir sobre o que comeram;
· Comer compulsivamente em segredo;
· Vomitar em segredo;
· Esconder artigos como laxantes ou diuréticos;
· Deixar a torneira ou o chuveiro abertos para disfarçar os episódios de purgação;
· Demonstrar uma preocupação profunda em relação ao peso, forma do corpo e
aspecto em geral;
· Queixas frequentes em relação a dores de garganta (causadas pelos repetidos
vômitos);
· Queixas frequentes em relação a problemas dentários (também causados pelos
vômitos);
· Esconder-se atrás de roupas largas e soltas;
· Demonstrar pouco ou nenhum impulso sexual.

Diagnóstico de Bulimia:
Apesar de a bulimia ser um transtorno alimentar e, como tal, devastar a saúde física, é
diagnosticada de acordo com critérios de saúde mental. É necessário haver
correspondência com cinco critérios padrão para que a bulimia seja diagnosticada:
comer compulsivamente; purgar (ou fazer exercício em excesso), um ciclo de
compulsão alimentar e purga pelo menos duas vezes por semana durante três meses,
ideias irrealistas relacionadas com o peso ideal e a ausência de anorexia. Se for
diagnosticada bulimia, será necessário determinar um subtipo. A Bulimia Nervosa do
Tipo Purgativo é diagnosticada quando um bulímico purga para libertar o corpo de
comida, ao passo que a Bulimia Nervosa do Tipo Não-Purgativo é diagnosticada quando
o bulímico não purga para libertar o corpo de comida, mas faz exercício ou jejua em
excesso após comer compulsivamente.

Obter Ajuda e Tratamento:
Não existe uma cura única e reconhecida para a bulimia mas há uma variedade de
opções de tratamento. Cada bulímico trabalha com profissionais de saúde mental para
conceber uma fusão de tratamentos que se adéqüem a todos os seus comportamentos e
preocupações. Os tratamentos comuns para a bulimia incluem aconselhamento/terapia,
aconselhamento/terapia familiar, terapia cognitivo-comportamental (para alterar os
hábitos alimentares), uso de grupos de apoio ou terapia de grupo e aconselhamento e
planejamento nutricional. Raramente é utilizada medicação como tratamento para a
bulimia, a não ser que seja receitada para tratar condições que lhe estejam associadas,
tais como a depressão. Pode ser obtida informação adicional relativamente ao
diagnóstico e tratamento da bulimia através de um médico de clínica geral, um
profissional de saúde mental ou através de outras entidades competentes.

Ortorexia:
A ortorexia é um transtorno alimentar recentemente diagnosticado, que surge quando a pessoa
se torna obsessiva quanto aos padrões daquilo que come. Ao contrário da anorexia ou bulimia, a
pessoa permite-se comer, mas fica tão obcecada com o que come que todos os seus pensamentos
ficam ocupados com a dieta.
Permitem-se apenas alimentos saudáveis e escrutinam o conteúdo nutricional de cada elemento
que ingerem. Calorias, vitaminas e nutrientes tornam-se o ponto focal da comida e qualquer
coisa que contenha o mínimo vestígio do que está na lista do “não é permitido” não é
consumido.
Embora todos possamos beneficiar ao adotar esta atitude de forma mais habitual, estes
“mártires” levam a obsessão com o conteúdo dos seus alimentos ao extremo, e não se permitem,
em circunstância alguma, um desvio do seu programa de tipos de alimentos autorizados.

Sinais de Ortorexia:
· Examinar cada propriedade que se encontra em cada alimento;
· Perder muito peso sem seguir conscientemente uma dieta ;
· Não conseguir comer uma refeição preparada por outra pessoa;
· Observar e comentar a maneira como outras pessoas preparam a comida;
· Pensar em conteúdo nutricional durante o dia;
· Preocupar-se ao comer qualquer coisa que possa não ser “boa” para si.
· Só se permitir alimentos saudáveis;

Efeitos da Ortorexia:
Os ortoréxicos podem ficar seriamente afetados e a comunicação em casa pode sofrer com isso.
A pessoa pode começar a isolar-se dos seus semelhantes e tornar-se distante à medida que se vai
fixando cada vez mais nas suas regras dietéticas.
Para alguns, a capacidade de desempenhar trabalhos ou de estudar pode começar a declinar, à
medida que a sua mente se ocupa cada vez mais com a sua dieta e com os alimentos que são
permitidos, como articulá-los no seu dia-a-dia, quantas vezes se devem mastigar e por aí fora.
Há tantos fatores que envolvem estes transtornos alimentares que os pensamentos podem ficar
totalmente ocupados por eles, deixando pouco espaço para outros rumos de ideias e a
concentração e a motivação acabam por ficar na retaguarda.

Obter ajuda e Tratamento:
Os especialistas concordam que a solução do problema passa por um tratamento psicológico e a
reeducação nutricional para reequilibrar a pessoa e prevenir as recaídas nessa conduta.
A intenção de comer melhor, a preocupação com a comida em certas épocas, uma maior atenção
ao que se come quando se passa por uma dieta estrita ou a adoção de uma alimentação
vegetariana não significam que se sofra de ortorexia, mas esta atitude se torna patológica
quando se transforma no principal e modifica radicalmente o estilo de vida.

Compulsão Alimentar:
A compulsão alimentar é um transtorno alimentar comum, em que um indivíduo
consome regularmente uma grande quantidade de comida de uma vez só, ou “belisca”
constantemente, mesmo quando não tem fome ou se sente fisicamente desconfortável
por comer tanto. Ao contrário dos bulímicos, quem come compulsivamente não purga
depois de comer em excesso, nem pratica exercício em excesso na tentativa de queimar
calorias. A compulsão alimentar pode ocorrer em pessoas de qualquer sexo, raça, idade
ou estrato socioeconômico e, como quem sofre do transtorno de compulsão alimentar
aumenta com frequência de peso ou se torna clinicamente obeso, torna-se passível de
contrair uma grande variedade de doenças. Infelizmente, não há uma cura reconhecida
para o transtorno de ingestão compulsiva, mas existe uma variedade de opções de
tratamento que podem ser exploradas quando o transtorno é diagnosticado.

Sinais de Compulsão Alimentar:
· Ingerir uma quantidade excessiva de comida, mesmo quando não tem fome;
· Comer até se sentir desconfortavelmente cheio
· Esconder hábitos alimentares devido a vergonha ou embaraço;
· Esconder comida para episódios de voracidade;
· Esconder embalagens vazias ou caixas de alimentos e gerar lixo em excesso;
· “Beliscar” ou comer constantemente enquanto houver comida disponível;
· Comer quando está sob pressão ou se sente psicologicamente diminuído/a;
· Sentir-se subjugado/a, envergonhado/a e/ou culpado/a durante e/ou depois de um
episódio de voracidade;
· Exprimir repugnância em relação a hábitos alimentares, peso, corpo ou
aparência;
· Expressar descontentamento com a aparência, peso ou auto-estima.

Diagnóstico de Compulsão Alimentar:
O transtorno de compulsão alimentar deve ser diagnosticado por um profissional
qualificado, de acordo com os critérios de saúde mental reconhecidos. Estes critérios de
diagnóstico incluem episódios cíclicos de alimentação em excesso e sensação de perda
de controlo durante os episódios, bem como episódios de compulsão alimentar com pelo
menos três das seguintes características: comer depressa, comer até atingir mal-estar
físico, comer quando não se tem fome, comer sozinho ou ter sentimentos de vergonha e
culpa em relação à alimentação. Outros critérios incluem expressão de ansiedade ou
angústia em relação à ingestão compulsiva, episódios de voracidade que ocorrem pelo
menos duas vezes por semana durante um período mínimo de seis meses e compulsão
alimentar sem recurso posterior a um método de purga (vômito auto-induzido, exercício
excessivo, etc).

Obter Ajuda e Tratamento:
Não há uma cura reconhecida para o transtorno de ingestão compulsiva. Posto isto, há
uma variedade de opções de tratamento que podem ser combinadas de acordo com as
necessidades específicas do paciente. As opções de tratamento para o transtorno de
compulsão alimentar incluem aconselhamento/terapia, aconselhamento ou terapia
familiar, terapia cognitivo-comportamental (para alterar os comportamentos
alimentares), frequência de grupos de apoio ou terapia de grupo e aconselhamento e
planejamento nutricional.
Habitualmente, não são usados medicamentos para tratar o transtorno de ingestão
compulsiva, apesar de poderem ser usados supressores de apetite com controlo médico e
alguns medicamentos, como anti-depressivos, para o tratamento de condições
associadas.
O transtorno de compulsão alimentar é um transtorno alimentar comum, embora muitas
vezes mal compreendido. Qualquer informação adicional sobre o transtorno de
compulsão alimentar deve ser procurada junto de um médico, um especialista em
transtornos alimentares ou outros terapeutas relacionados com este tipo de condição de
saúde.


Referências:
1° Transtornos Alimentares / Disponível em:
http://www.alimentacaosaudavel.org/Transtornos-Alimentares.html
Acessado em: 15/10/2010.
2º Como a anorexia afeta seu corpo? / Disponível em:
http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=796&sid=8
Acessado em: 15/10/2010.
3º Como a bulimia afeta seu corpo? / Disponível em:
http://biobloguia.blogspot.com/2009_06_01_archive.html
Acessado em: 15/10/2010.
4º Anorexia - Casos Famosos / Disponível em:
http://saude.hsw.uol.com.br/anorexia4.html
Acessado em: 15/10/2010.
5º Bulimia – Casos Famosos / Disponível em: http://disturbiosalimentares-
12a.blogspot.com/2010/02/famosos-com-bulimia.html
Acessado em: 15/10/2010.

Por;
Elem Cristina do Nascimento
Ester Camara de Andrade Gomes
Lívia da Costa Pena Amaral
Muriel Cruz Corrêa Lima

sábado, 23 de outubro de 2010

Jean-Paul Sartre "a existência precede a essência"

Originado por Jean-Paul Sartre, a frase "a existência precede a essência" passou a ser um clássico, até mesmo a definição, a formulação do coração da filosofia existencialista. É uma idéia que se transforma a metafísica tradicional em sua cabeça, porque toda a filosofia ocidental, sempre foi assumido que a "essência" ou "natureza" de uma coisa é mais profunda e eterna do que sua mera existência "." Assim, se você quiser entender uma coisa, o que você deve fazer é aprender mais sobre sua "essência".

Deve ser entendido que Sartre não aplica este princípio universalmente, mas apenas para a humanidade. Sartre argumentou que  eram essencialmente dois tipos de ser. A primeira é ser-em-si (l'en-soi), que é caracterizada como fixa, completo e ter absolutamente nenhuma razão para sua existência - ela simplesmente é. Este artigo descreve o mundo dos objetos externos. O segundo é ser-para-si (pour soi-le), que é caracterizada como dependente do ex de sua existência.

Sartre, como Husserl, argumentou que é um erro tratar os seres humanos da mesma forma que tratamos os objetos externos. Quando consideramos, por exemplo, um martelo, podemos compreender a sua natureza, listando suas propriedades e análise da finalidade para a qual ele foi criado. Martelos são feitos por pessoas, por certas razões - em certo sentido, a "essência" ou "natureza" de um martelo existe na mente do criador. Assim, pode-se dizer que quando se trata de coisas como martelos, a essência precede a existência.

Mas isso é a mesma verdade do ser humano? Tradicionalmente, este foi considerado o caso, porque as pessoas acreditam que os seres humanos foram criados por Deus. Segundo a mitologia cristã tradicional, a humanidade foi criada por Deus através de um ato deliberado de vontade e com idéias específicas em mente, no contexto do cristianismo, os seres humanos são como martelos, porque a "essência" (a natureza, características) da humanidade existiu na mente eterna de Deus antes de qualquer ser humano real existiu no mundo.

Mesmo muitos ateus retidos dessa premissa básica, apesar do fato de terem dispensado com a premissa de acompanhamento de Deus. Eles assumiram que os seres humanos possuíam alguma "natureza humana" especial restrita que uma pessoa poderia ou não ser - basicamente, que todos eles possuíam uma "essência", que precedeu a sua "existência".

Sartre, no entanto, vai um passo além e rejeita esta idéia, argumentando que era necessária para quem ia levar a sério o ateísmo. Não é suficiente simplesmente abandonar o conceito de Deus, é preciso também abandonar todos os conceitos que derivam e eram dependentes de Deus - não importa o quão confortável e familiar que poderia ter se tornado ao longo dos séculos.

Sartre chama a duas conclusões importantes a partir deste. Primeiro, ele argumenta que não há dada a natureza humana comum a todos, porque não há Deus para dar-lhe. Os seres humanos existem, que é muito claro, mas é só depois que eles existem, existe há "essência" que pode ser chamado "humano" pode se desenvolver. O ser humano deve desenvolver, definir e decidir o que sua "natureza" será através de um envolvimento com eles mesmos, a sociedade e o mundo natural ao seu redor.

Em segundo lugar, Sartre argumenta que, devido a "natureza" de cada ser humano é dependente dessa pessoa, essa liberdade radical é acompanhada de uma responsabilidade tão radical que Ninguém pode dizer simplesmente que "era na minha natureza" como uma desculpa para o comportamento de alguns deles. Seja qual for a pessoa é ou não é totalmente dependente de suas próprias escolhas e compromissos - não há mais nada a que recorrer. As pessoas não têm ninguém para culpar (ou elogios), mas eles mesmos.

Apenas neste momento de extremo individualismo, no entanto etapas, Sartre volta e lembra-nos que não somos indivíduos isolados, mas sim os membros das comunidades e da raça humana. Não pode haver uma natureza humana universal, mas certamente é uma condição humana comum - estamos todos juntos nessa, estamos todos vivendo na sociedade humana, e todos nós somos confrontados com o mesmo tipo de decisões.

Sempre fazemos escolhas sobre o que fazer e fazer compromissos sobre como viver nossas vidas, estamos fazendo também a afirmação de que esse comportamento e que esse compromisso é algo que tem valor e importância para os seres humanos - em outras palavras, apesar do fato de que não há nenhuma autoridade objetivo nos dizendo como se comportar, isso ainda é algo que os outros também devem escolher.

Assim, nossas escolhas não afetam apenas a nós mesmos, eles também afetam os outros. Isso significa, por sua vez, que não são apenas responsáveis por nós mesmos, mas também têm alguma responsabilidade para os outros - para o que escolher e o que eles fazem. Seria um ato de auto-engano ao fazer uma escolha e, em seguida, ao mesmo tempo, desejam que os outros não façam a mesma escolha. Aceitar alguma responsabilidade para os outros a seguir o nosso exemplo é a única alternativa.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Entrevista com Marcos Prado o produtor de Estamira

bem, para complementar o post do filme Estamira, que é um otimo filme por sinal estou disponibilizando essa entrevista do produtor do filme para voces ficarem sabendo o que aconteceu durante e depois do documentario ;D


O porta-voz
Fotógrafo de formação, Marcos Prado é produtor de alguns dos documentários mais premiados dos últimos tempos, como Os Carvoeiros e Ônibus 174. Desde que decidiu acompanhar a vida de Estamira no Jardim Gramacho, ele a adotou como uma grande amiga, que mantém sempre amparada. Aqui, o diretor fala sobre ela — e sobre todas as discussões levantadas por seu documentário, que recebeu 24 prêmios em festivais no Brasil e no exterior.
Como está Estamira hoje?
Marcos Prado. Ela está tomando muito remédio, mais dopada, perdeu aquele ímpeto de quando o filme foi feito. Quando eu me encontrava com ela era muito gratificante. Fomos criando uma amizade, falo com ela duas, três vezes por semana. Cuido de todas as maneiras que eu posso, ela não mora mais naquele barraco, tem uma casinha sendo construída. Minha vida mudou tanto, respirar e viver tudo aquilo, que eu não poderia me desligar.
O que ela achou do filme? Ela foi a primeira pessoa a ver e falou: “Marcos, tem vezes em que eu não me reconheço, mas eu sei que veio de mim, então acredito. Te dei a missão de revelar minha missão. Então não vou falar pra tirar ou colocar nada. Se você acha que é isso, é isso”. Eu entrei numa crise de consciência, achei que tinha de ser mais cuidadoso. E tirei várias coisas. Quando passei o filme em São Paulo dois anos atrás, não havia a parte em que ela briga com o neto. Mas depois pensei: “Não posso santificar a Estamira. Só colocar as coisas mágicas, poéticas. Ela não é só isso”. Então, voltei com os esporros, os filhos, o neto, a exposição toda.
E a família, o que achou? O Ernani, filho mais velho, que aparece um pouco como o vilão, me falou: “Eu sou isso aí mesmo, uma pessoa religiosa, crente”. Acho que ele não gostou da posição dele no filme, que é a do cara que não fala mais com a mãe, que acha que ela é possuída pelo demônio. Mas não se opôs. A família fica feliz por eu ajudar a mãe. Eu dou dinheiro todo mês, dei telefone, levei no meu médico. Foi um encontro maravilhoso que tive na vida.
Ela tem momentos muito eloqüentes. Onde ela aprendeu tudo isso? Eu sei que ela tentou fazer um supletivo uma época da vida. Mas virou mendiga, andava pelas estações de trem. Foi tão para o buraco que o lixão foi a maneira de se reconectar. Ela é inteligente, e essa linguagem faz parte disso. Não sei se ela leu coisas em algum lugar. Sei que sabe ler e escrever. Mas você encontra ali idéias profundamente filosóficas. O discurso dela tem conceitos milenares.
O filme foi premiado, mas também recebeu críticas negativas. Como lida com elas? O documentário ganhou 24 prêmios e foi traduzido pra francês, espanhol e inglês. Muita gente gostou. Mas também recebi críticas pesadas. Disseram que era antiético, que eu não poderia filmar alguém que não tem capacidade sobre si mesma. Quem disse isso não entendeu nada, porque ela sabe muito bem o que está dizendo. O filme gera debate. Não é pra divertir, é pra conversar, questionar, gostar ou não gostar.
Também disseram que o filme faz uma estetização da miséria. Li isso e acho um absurdo. Estetizar a miséria seria transformá-la numa coisa maravilhosa e não passar o recado, perder o valor. Não acho que isso acontece no filme. Estou mostrando que o lixo é lindo? Estou valorizando a miséria? O que é estetizar?

Fonte: Revista Tpm

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Filme Estamira

SINOPSE
ESTAMIRA conta a história de uma mulher de 63 anos que sofre de distúrbios mentais e vive e trabalha há mais de 20 anos no Aterro Sanitário de Jardim Gramacho, um local renegado pela sociedade, que recebe diariamente mais de oito mil toneladas de lixo produzido no Rio de Janeiro. Com um discurso eloqüente, filosófico e poético, a personagem central do documentário levanta de forma íntima questões de interesse global, como o destino do lixo produzido pelos habitantes de uma metrópole e os subterfúgios que a mente humana encontra para superar uma realidade insuportável de ser vivida.


"EU, ESTAMIRA, SOU A VISÃO DE CADA UM."

Esta é a definição que Estamira, uma mulher de 63 anos, se dá. Marcos Prado revelou ao mundo, através de um documentário, a senhora que, há 20 anos, divide espaço com o lixo despejado no Aterro Metropolitano de Gramacho, no Rio de Janeiro. Lúcida e ao mesmo tempo louca, diz que sua função é “revelar a verdade, somente a verdade”. Estamira é mãe de três filhos e habita, sozinha, um barraco de chão batido, do qual se orgulha, pois fruto de seu trabalho garimpando o lixo.

Lixo. Não é assim que gosta de se referir ao aterro, um lugar insólito e insalubre, onde crianças e adultos disputam restos de comida com urubus, cavalos e cachorros. “É um depósito dos restos; às vezes é só resto e às vezes vem também o descuido. Resto e descuido (...) quem economiza tem (...) ficar sem é muito ruim.”

Sua história de depressão e indignidade é capaz de incomodar. Aos 12 anos, foi estuprada por seu avô materno que a deixou em um prostíbulo onde conheceu um homem que a levou para casa. “Ele era mulherengo.” Casada pela segunda vez, com um italiano, protagonizou uma história de agressões e humilhação. “Esse também era mulherengo.” Uma briga travada por troca de ameaças pôs fim a mais um casamento. Chegou a morar na rua. Sua filha menor, adotada por outra família, a ajudava a esmolar. “É triste, muito triste.”

A lembrança do sofrimento que sua mãe carregara, é ferida na alma de Estamira. Carrega na memória, talvez a fase mais lúcida de sua vida: o clamor de sua mãe quando internada no Hospital Psiquiátrico Pedro II, em Engenho de Dentro – “Estanira (era assim que se referia à sua filha Estamira), me tira daqui, Estanira!”


“Eu posso revelar quem é Deus.”

Em sua vontade de ser vista e ouvida, Estamira repete que veio ao mundo para “revelar a verdade”. Em seu discurso, através de metáforas, evidencia sua revolta e sua descrença em Deus. Ela o define de “poderoso ao contrário” e se julga mais sábia que Ele. “Que Deus é esse? Que Deus é esse que só fala de guerra e não sei o quê? Não é Ele que o próprio trocadilo? Só pra otário, pra esperto ao contrário, bobado, bestalhado. Quem já teve medo de dizer a verdade, largou de morrer? Largou? Quem andou com Deus dia e noite, noite e dia na boca ainda mais com os deboches, largou de morrer? Quem fez o que Ele mandou, o que o da quadrilha dele manda, largou de morrer? Largou de passar fome? Largou de miséria? Ah, não dá!”

O que é Deus na visão de Estamira? É aquele que, na existência, permite toda espécie de “trocadilhos”: o mal parecer bom, o feio parecer belo, o homem explorar o próprio homem, e assim por diante (não existe “homem inocente”, mas “esperto ao contrário”). “Sou ruim, mas não sou perversa.” Em várias passagens, Estamira se mostra revoltada com Deus e chega a dizer que seu ouvido não é privada diante da leitura que seu filho faz do Novo Testamento.

À morte ela dá sua própria definição: o “além dos além”, onde nenhum “sangüíneo pode ir lá”. “Sangüíneo”, para ela, é o homem em carne e osso, em formato, formato “homem par” e “homem ímpar”. Perturbada, diz que se comunica com “astros negativos”, espíritos “ruins” que tentam atordoá-la.


“O homem é o único condicional.”

O que se entende com a frase pronunciada inúmeras vezes por Estamira – “o homem é o único condicional” – é que o homem é o único responsável por tudo aquilo que lhe acontece. Não existe predestinação. Não existe Deus. Deus não acolhe o homem, não o ouve. “Piolho de terra suja que renegou os homens como o único condicional, mais revoltada eu fico.” A expressão “piolho de terra suja” significaria devoto?


“Sacrifício é uma coisa, agora, trabalhar é outra.”

Estamira demonstra fugir da realidade. Considera-se lúcida e vive em um mundo onde cria seus próprios conceitos, demonstrando certa sabedoria ao mesclá-los. Segundo ela, não vive para “fazer dinheiro”, não vive por isso. Porém, sem ter a clara noção de que muitas das vezes entra em contradição, diz não concordar com a vida.

Há 20 anos, Estamira sobrevive do que cata no aterro. Este é seu trabalho. Com chuva ou com sol, lá está ela a buscar sua subsistência, seu sustento para o corpo e para a alma. Tem sua atividade voltada para isso e não visa acumulação.

“Isso aqui é um disfarce de escravo. Escravo disfarçado de liberto, de libertado. Olha, a Izabel, ela soltou eles, né? E não deu emprego pros escravos; passam fome, comem qualquer coisa, igual aos animais e não têm educação.”


“Eu nunca tive aquilo que eu sou: sorte boa.”

A história de Estamira foi documentada pelo fotógrafo, e então diretor e produtor, Marcos Prado. Não se trata de um caso isolado. Estamira protagonizou no cinema uma história vivida por mais de centenas de brasileiros: o descaso. E aqui, não se refere apenas a quem viva no lixão, afinal, os direitos sociais elencados na Carta Magna são privilégios para poucos.


REFERÊNCIAS

PRADO, Marcos. Documentário Estamira. Ano: 2004.

Site oficial do documentário. www.estamira.com.br.













terça-feira, 21 de setembro de 2010

A obra de Max Weber

Artigo foi publicado no “Suplemento Literário” de 14 de abril de 1962
A inauguração do Instituto de Sociologia da Univeridade de Munique trouxe à tona o autor de ‘A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo’ e motivou a publicação, à época, do artigo de Carpeaux no Suplemento Literário de O Estado de São Paulo. 

Por Otto Maria Carpeaux

No Instituto de Sociologia da Universidade de Munique acaba de ser inaugurado o Arquivo Max Weber, em que, além de documentos e manuscritos, serão conservados os livros e estudos que se escreveram sobre o grande erudito: até agora, aproximadamente, 3.500.
Um orgão tão responsavel e tão insular como o
“Times Literary Supplement” chamou-o, há pouco, de “a maior figura da sociologia do seculo XX”.
Raymond Aron e Lorenzo Giusso dedicaram-lhe livros. O Fundo de Cultura Economica divulgou-lhe as obras no mundo de linguas ibericas. No Brasil, toda pessoa medianamente culta conhece o nome de Max Weber, pelo menos aqueles estudos que fundaram uma nova disciplina cientifica: estudando a influencia da ética protestante ou, mais exatamente, da ética calvinista sobre a formação da mentalidade capitalista, essa tese, embora muito discutida, é sua maior gloria e é o grande desmentido contra a idolatria da especialização: pois nunca teria nascido, se o economista e sociologo Weber, no ambiente estreito de uma cidadezinha universitaria alemã, não tivesse frequentado seus colegas da Faculdade de Teologia que ensinavam e estudavam a historia moderna da Igreja.
Mas tudo que Weber escreveu, continha germes e sugestões para outros estudos, de importancia muito grande, sempre maior do que aparentavam ser os assuntos. Seu primeiro trabalho, de 1891, sobre a historia da estrutura agraria do antigo Imperio Romano, esclareceu o papel historico do latifundio. Conquistou a catedra em Friburg com um estudo sobre a situação dos trabalhadores rurais na Alemanha oriental, então dominada pelos “junkers” prussianos. Combinou, em 1903, os dois assuntos, escrevendo um famoso verbete de enciclopedia sobre “Estrutura agraria na Antiguidade”, responsabilizando o latifundio pelo declinio e pela catastrofe da civilização antiga, terminando com uma sombria perspectiva para o futuro da Prussia latifundiaria de 1908. Também foi Weber o unico sociologo ocidental que se dignou de estudar a revolução russa de 1905: todo o mundo considerava-a então como a derrota de uma revolução socialista; mas o professor de Freiburg explicou-a como o fracasso de uma revolução burguesa, acreditando que esse fracasso causaria a transição direta da Russia, do feudalismo ao socialismo, sem fase burguesa.
Durante a primeira guerra mundial, entre 1914 e 1918, estendeu Weber seus estudos sobre sociologia da religião ao mundo não-cristão. Escreveu sobre religião e sociologia do Islão, da China e do judaismo; mas, sobretudo, os famosos artigos sobre Amos, Hosea, Isaías, Jeremias, os profetas do judaismo antigo. Até então, esses profetas eram considerados como individualistas religiosos, que libertaram o judaismo do monopolio dos sacerdotes do Templo, preparando a transformação da religião nacional dos hebreus em religião nacional dos hebreus em religião universal. Mas Weber demonstrou que os profetas não pensavam na salvação individual das almas, e, sim, na salvação da nação ameaçada. Lutaram contra a burocracia do templo e contra a monarquia, já de prestigio decadente, para que a nação sobrevivesse às suas instituições obsoletas. - Foram estas as ultimas pedras para o grandioso monumento científico que Weber deixou. Depois da catastrofe de 1918, já professor em Munique, dedicou-se, episodicamente, a atividades politicas, contribuindo para o estabelecimento do parlamentarismo na Republica de Weimar. A morte prematura, em 1920, poupou-lhe amargas decepções.
Ainda não se aludiu, nestas linhas, à idéia determinante de Weber, quase um princípio de filosofia da história moderna: esta é caracterizada pela progressiva racionalização de todos os setores da vida. O Estado e o pensamento politico, a Administração e a Justiça, o Direito e as teorias e praticas economicas libertam-se, há 5 ou mesmo 6 seculos, cada vez mais, de mitologias, filosofemas, tabus de toda a especie, para reconhecer como supremo criterio só a eficiencia: é a racionalização da vida ocidental. O mesmo “trend” verifica-se na evolução das ciencias, pela exclusão gradual dos julgamentos de valor, oriundos de preconceitos tradicionais ou de fonte emocional. O testamento de Weber são as duas grandes conferencias muniquenses de 1920, “Politica e profissão” e “Ciencia como profissão”, nas quais proclamou a objetividade total da ciencia e, portanto, sua independencia da politica que, por difinição, nunca pôde ser objetiva. Os valores, sendo elementos subjetivos, não devem entrar no estudo cientifico de problemas nem nos seus resultados. Mas Weber sabe que os valores subjetivos aceitos pelo estudioso têm determinada função psicologica: são eles que inspiram ao pesquisador a escolha dos seus temas. Têm função seletiva. Essa tese autoriza a pergunta seguinte: - quais foram os valores subjetivos que determinaram, para Max Weber, a seleção dos seus temas de estudo? Em toda a imensa bibliografia sobre o sociologo, só duas vezes - por Christoph Steding (1832) e por Wolfgang Mommsen (1959) - foi levantada aquela pergunta. Responderam, partindo de pontos de vista muito diferentes, chegando no entanto ao mesmo resultado: foram valores da vida politica; daquela politica que Weber quis tão radicalmente excluir da ciencia objetiva.
Filho da burguesia capitalista e industrial da Renania, e dedicando-se, como especialista, ao estado de problemas economicos, seria de supor-se que estes monopolizassem a atenção de Weber. Mas não aconteceu assim. Na mocidade recusou os mais vantajosos convites para entrar na direção de grandes trustes; mais, dos estudos especificamente economicos.
A inedita relação que Weber conseguiu estabelecer entre os ensinamentos morais do protestantismo calvinista e o estilo de vida do capitalismo, manda pensar em inspiração religiosa, talvez subconsciente; pois Weber era livre-pensador, descrente, mas filho de gerações de burgueses calvinistas. Mas a analise das suas reações revela logo que a inspiração não era de natureza religiosa e, sim, politica.
A burguesia calvinista renana, que tinha construido a grande industria da Alemanha ocidental é pequena minoria num país meio luterano e meio catolico. Seu destino foi o caso extremo do destino da burguesia alemã do seculo XIX em geral: ficou com liberdade para fazer seus grandes negocios, mas também ficou excluida da direção politica do país, confiada no rei da Prussia, quase absoluto, aos seus aristocratas prussianos, aos seus oficiais aristocraticos, à sua burocracia de juristas. Não foi possível organizar uma oposição eficiente. Os catolicos alemães, no seculo XIX, fecharam-se num “ghetto”, não querendo participar de uma civilização predominantemente protestante. O luteranismo retirou-se para a pequena burguesia e para o Leste agrario, pois a etica luterana paternalista, é incompativel com a grande industria e com a comercialização; o estudo da diferença essencial entre essa etica e a do calvinismo é mesmo um dos meritos de Weber e do seu amigo Troeltsch. O proletariado? Como filho da grande burguesia industrial, Weber se preocupa mais com os sofrimentos dos trabalhadores rurais do que com as esperanças dos trabalhadores urbanos. Seu grande trabalho sobre a influencia da etica calvinista na mentalidade capitalista é vigoroso desmentido ao materialismo historico que explicara, ao contrario, pelo capitalismo as mudanças da mentalidade religiosa; o proprio Weber definiu esse seu trabalho como exemplo de “antimarxismo positivo”; naturalmente num outro nivel do que a antimarxismo barato e ignorante dos maccarthystas de hoje. Weber só quis demonstrar que “o espirito é mais poderoso que a natureza” (inclusive as forças inconscientes da economia). Nesse sentido, o trabalho de Weber sobre etica calvinista e mentalidade capitalista é o ato pelo qual a burguesia alemã conquistou a consciencia das suas origens e do seu destino. Mas essa classe, rica, culta e consciente, estava excluida do poder pelo imperador Guilherme II e seus aristocratas e burocratas e os latifundiarios da Alemanha oriental.
Eis os “valores seletivos” que inspiraram a Max Weber seus temas de estudo. Seus trabalhos sobre o operariado rural da Alemanha oriental atingem diretamente o inimigo agrario, o “junker” prussiano. Os estudos, aparentemente historicos, sobre o declinio da civilização antiga e a derrota do Imperio Romano pela força autodestruidora do latifundio predizem desastre semelhante ao Imperio da aristocracia latifundiaria prussiana; são de natureza complementar os artigos sobre o fracasso da revolução russa de 1905. Enfim, a guerra de 1914 e a direção incompetente dessa guerra pelas classes dominantes da Alemanha confirmaram as previsões do sociologo.
Fiel à sua convicção de que “a ciencia (social) tem a função de fazer compreender fatos incomodos”, Weber começou a fazer oposição ao Kaiser. A censura não conseguiu impedir essa oposição. Nenhum evasionismo obrigou o sociologo a entrincheirar-se atrás de estudos historicos, cheios de alusões à atualidade. De sua livre vontade escolheu, durante os anos de guerra, o estudo dos profetas do judaismo antigo. Esses profetas lutaram contra uma monarquia impotente e contra os sacerdotes profissionais, especie de burocracia do Templo; assim como Weber lutou contra o imperador Guilherme II e sua burocracia administrativa e militar. Os profetas, conforme Weber, não se preocupavam com a salvação das almas individuais, mas da nação ameaçada. O sociologo também se preocupou, naqueles anos, só com o futuro da nação alemã em face da derrota iminente. Ao monarquismo decadente opôs a perspectiva de lideres saidos do povo e legitimados pela sua vocação, o “charisma”; e à burocracia opôs a reivindicação do regime parlamentarista, o regime proprio da burguesia, o triunfo da racionalização enfim também na politica.
Pela derrota de 1918, a monarquia foi abolida. A Republica de Weimar iniciou a experiencia parlamentarista. Weber morreu logo depois, em 1920. Não viveu, para assistir ao espectaculo de forças irracionalistas se apoderarem das suas esperanças. A preocupação exclusiva pelo futuro da nação virou nacionalismo fanatico. A substituição da monarquia pela liderança, “charismatica” degenerou em culto ao “Fuehrer”. O fim eram as ruinas da Alemanha destruida e depois, sua reconstrução meramente economica.
Mas - “o espirito é mais poderoso que a natureza”. Depois de tudo, a lição de Weber sobre a objetividade da ciencia venceu. Em meio das ruinas materiais do nazismo e das ruinas espirituais do “milagre economico” fica em pé o monumento de Max Weber: sua Obra.